Povos Indígenas: o Dia Internacional pela luta da garantia de direitos

O Dia Internacional dos Povos Indígenas, comemorado em 9 de agosto, coincidiu este ano com a divulgação do mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês). O documento quantificou o aumento da frequência e da intensidade de eventos extremos ligados às mudanças climáticas no mundo e apontou que, no caso da Amazônia, a região deve sofrer com períodos secos mais prolongados nas próximas décadas.

O conhecimento dos povos tradicionais da Amazônia, principalmente indígenas, sobre o funcionamento da floresta e os impactos das mudanças climáticas na biodiversidade tem ganhado reconhecimento. E o papel dessas comunidades na construção de ações de enfrentamento a esses desafios é  importante. 

Neste sentido, a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID) reconhece a contribuição desses povos e, por meio da Parceria pela Conservação da Biodiversidade da Amazônia (PCAB), apoia projetos para fortalecer a gestão territorial e ambiental de Terras Indígenas (TIs) visando a conservação da floresta, a mais biodiversa do mundo. 

Os parceiros implementadores da PCAB trabalham em estreita colaboração com cooperativas e associações de comunidades tradicionais, incluindo povos indígenas, dando suporte a 153 áreas protegidas. A maioria dos projetos (88%) é desenvolvida em TIs ou áreas protegidas nas quais atividades econômicas sustentáveis são permitidas.

Entre as ações desenvolvidas nas TIs estão o fortalecimento de cadeias produtivas de valor, com geração de renda sustentável para famílias, projetos de capacitação, além de trabalhos que visam ampliar a participação dos indígenas, principalmente mulheres e jovens.

Criado pelas Organizações das Nações Unidas (ONU), em 1995, o  Dia Internacional dos Povos Indígenas busca garantir condições minimamente dignas às comunidades de todo o planeta, principalmente em relação aos direitos à autodeterminação de suas condições de vida e cultura, além da garantia aos direitos humanos.

Conheça algumas histórias: Carina Cinta Larga, que na pandemia montou um projeto de retomada do plantio de culturas tradicionais; Telma Marques Taurepang, homenageada pela Embaixada dos Estados Unidos por seu trabalho e ativismo ambiental; Sineia Wapichana, indígena que participou da Cúpula do Clima, realizada pelo presidente Joe Biden.