Capacitação em gestão territorial contribui para o empoderamento de indígenas na Amazônia
Junho, 2022 - Capacitar agentes indígenas para que as equipes locais tenham cada vez mais instrumentos de gestão e monitoramento dos territórios é uma das formas de fortalecer a conservação da biodiversidade da Amazônia e da floresta em pé. Por isso, um dos focos do projeto “Gestão Ambiental e Territorial Integrada de Terras Indígenas na Amazônia Oriental” são as oficinas de capacitação, retomadas presencialmente neste ano após as paralisações decorrentes da pandemia.
Apoiado pela Parceria para a Conservação da Biodiversidade na Amazônia (PCAB), o projeto foi criado por meio de um acordo de cooperação entre a USAID/Brasil e o Centro de Trabalho Indigenista (CTI). Tem a participação do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), da organização Wyty-Catë das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins, da Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão (COAPIMA) e da Articulação das Mulheres Indígenas do Maranhão (AMIMA).
No âmbito do projeto, a implementação do Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) Timbira nas Terras Indígenas (TIs) Kanela e Porquinhos prevê a formação de agentes ambientais Mentuwajê (que significa jovens defensores do meio ambiente), além de atividades entre os módulos do curso que fazem parte do ciclo de capacitação.
Estão incluídas as expedições de mapeamentos participativos em cada uma das TIs e oficinas de trabalho para qualificação e sistematização dos dados coletados durante essas atividades. As expedições são o trabalho de campo, em que os indígenas passam dias caminhando pela floresta com o objetivo de montar um mapeamento participativo do monitoramento e do controle territorial, reunindo dados geográficos e culturais.
Participaram da Oficina de Qualificação de Mapeamentos e Sistematização de Informações Georreferenciadas no Centro Timbira de Ensino e Pesquisa “Penxwyj Hempejxà” agentes das duas TIs, representando os povos Apanjekra e Memortumré.
Durante a formação, jovens, conselheiros e professores indígenas discutiram conceitos relacionados à cartografia e ao sistema de informações geográficas. Além disso, o etnomapeamento foi abordado como um instrumento de gestão territorial e ambiental.
Antes, já haviam sido realizadas duas etapas de mapeamentos participativos nas TIs Kanela e Porquinhos (leia mais aqui).
Agora estão sendo planejadas as próximas expedições.
Conheça mais no site do CTI.