Iniciativas indígenas: Lições do planejamento

Parceiros se reúnem para definir estratégias de novo projeto para indígenas do Sul do Amazonas

Abril, 2024 – O Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) em parceria com associações indígenas do Sul do Amazonas e a Operação Amazônia Nativa (OPAN) estiveram reunidos no início de abril em Humaitá (AM) para planejar o primeiro ano do projeto Nossa Terra, Nossa Mãe – Gestão Territorial Indígena Integrada.  Apoiado pela USAID, a iniciativa foi lançada oficialmente no dia 24 de abril, durante o  Acampamento Terra Livre (ATL) 2024, em Brasília.

As discussões incluíram desde estratégias de gestão territorial indígena na conservação da biodiversidade e na promoção do bem-estar dos povos originários até o reforço da necessidade de fortalecer o aspecto institucional das associações.

“A gente não tem que fazer nada pensando só no hoje, tudo que vamos fazer é pensando no futuro. Porque se fizer uma coisa pensando só no hoje, você engessa. Estamos aqui pelas nossas ações do nosso passado”, afirma Zé Bajaga Apurinã, cacique da aldeia Idecorá, da Terra Caititu, e coordenador executivo da Federação das Organizações e Comunidades Indígenas do Médio Purus.

A atividade de planejamento com as nove associações indígenas parceiras houve um momento de aprendizado e troca de conhecimentos. “Com o acúmulo de experiências ao longo de mais de 15 anos de parceria foi possível realizar um planejamento coletivo maduro, com o protagonismo indígena para pensar as ações do projeto Nossa Terra, Nossa Mãe”, avalia Cloude Correa, antropólogo indigenista e da coordenação colegiada do Programa Povos Indígenas do IEB.

O projeto será executado ao longo de cinco anos, o que traz mais condições de atingir resultados consistentes e duradouros. “O planejamento participativo tem sido fundamental para o processo de governança das ações, realizada pelas associações indígenas ao longo de todo o projeto”, conta Cloude.

Durante as discussões, ficou evidente a importância do fortalecimento institucional das organizações indígenas para a proteção dos territórios, conservação da biodiversidade e a ampliação de outros processos, como a geração de trabalho e renda, a comunicação e combate às mudanças climáticas.

Saiba mais sobre o projeto no site do IEB