Dia Internacional da Biodiversidade: a hora da reconstrução
Maio, 2023 - Comemorado em 22 de maio, o Dia Internacional da Diversidade Biológica traz neste ano uma renovada esperança após o acordo histórico que vai orientar a ação global sobre a natureza até 2030, assinado no final do ano passado durante a COP15 (a 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica). À luz dessa conquista, o tema que marca este dia em 2023 é “Do Acordo à Ação: Reconstruir a Biodiversidade”.
O dia internacional, instituído pela ONU, ganhou holofotes globais por meio de esforços de governos, povos indígenas, comunidades locais e organizações, visando destacar soluções inovadoras para enfrentar a crise da biodiversidade, entendida em termos da grande variedade de plantas, animais e microorganismos.
Os recursos naturais são pilares para a sobrevivência do planeta – exemplos: os peixes fornecem 20% da proteína animal para cerca de 3 bilhões de pessoas e mais de 80% da dieta humana é baseada em plantas. Por outro lado, a perda da biodiversidade, com a redução significativa do número de espécies, é uma ameaça
No Brasil, a USAID reforça seu foco em apoiar projetos que contribuem para a conservação da biodiversidade da floresta amazônica e incentivam a geração de renda sustentável para comunidades tradicionais que nela vivem, entre elas indígenas e ribeirinhos.
Desde 2016, a USAID/Brasil promove a Parceria para a Conservação da Biodiversidade na Amazônia (PCAB), que reúne uma grande rede de organizações públicas e privadas para assegurar seus objetivos, incluindo um esforço constante no desenvolvimento de ações que combatam as mudanças climáticas.
Neste sentido, os projetos apoiados pela Agência ajudaram a proteger e a melhorar o manejo de 47 milhões de hectares de florestas em 27 Unidades de Conservação e 90 Terras Indígenas na Amazônia. Proporcionaram benefícios socioeconômicos para cerca de 30 mil moradores de comunidades tradicionais, além de apoiar o fortalecimento de cadeias de valor de produtos sustentáveis, como a castanha-do-Brasil, o açaí e o manejo do pirarucu.
Conheça mais histórias de projetos apoiados pela PCAB que contribuem para a conservação da biodiversidade e melhoria das condições socioeconômicas das populações.
Projeto gera oportunidades de renda e de formação para indígenas - O projeto Gestão Ambiental e Territorial Integrada de Terras Indígenas na Amazônia Oriental beneficiou cerca de 3.500 indígenas com novas oportunidades de geração de renda. Também trabalhou com 300 alunos que participaram de cursos de formação, cujos processos de reflexão desencadeiam ações coletivas de gestão territorial, de forma contínua e crescente. Desde 2019, mais de dois milhões de hectares de Terras Indígenas (TIs) tiveram a gestão aprimorada.
Pesquisa mostra que cadeia de castanha movimenta R$ 2 bilhões por ano - Estudo destaca, porém, que é preciso avançar na remuneração do extrativista. O Brasil produz mais de 33 mil toneladas de castanha por ano, sendo a maior parte proveniente quase exclusivamente do agroextrativismo, com coleta realizada por povos indígenas e comunidades tradicionais da Amazônia.
Programa territorial ajuda a proteger 1 milhão de hectares na Amazônia - Programa Território Médio Juruá (PTMJ) contribui com ações que fortaleceram a cadeia produtiva do pirarucu, com um total de 140.732 quilos de peixes comercializados, preservando a espécie.
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