Restauração: Oficina dá importante passo na construção do monitoramento

Participantes da oficina de monitoramento - Fotos: Equipe de moderação e facilitadores
Com apoio da USAID e Serviço Florestal dos Estados Unidos, encontro reuniu parceiros

Dezembro, 2024 – Avançar na restauração ecológica, integrando ciência e políticas públicas, é essencial para o Brasil seguir sua meta de restaurar milhões de hectares de vegetação nativa nos próximos anos. Para isso, é importante estabelecer procedimentos e protocolos claros visando avaliar os esforços de implementação, acompanhamento e monitoramento dos projetos. 

Neste sentido, um passo essencial foi dado durante a oficina “Indicadores da Vegetação para Monitoramento e Avaliação da Recuperação Ambiental”, realizada no final de novembro, em Brasília, pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e Embrapa/Cenargen, em parceria com a USAID e o Serviço Florestal dos Estados Unidos. 

Contando ainda com apoio do ASL Brasil - Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia, do Projeto Mata Atlântica - Biodiversidade e Mudanças Climáticas, e do Projeto GEF Terrestre - Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a Biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal.

Com a presença de 87 pessoas representando diferentes setores, como organizações de povos indígenas e comunidades tradicionais, governos estaduais e federal e academia, houve uma série de debates e produção de conhecimento e saberes que serão compartilhados em um relatório. 

Entre os resultados estão, por exemplo, contribuições para definir indicadores de restauração comuns para diferentes formações vegetais e biomas brasileiros. Os participantes também destacaram a importância de integrar diretrizes às políticas públicas existentes, com a colaboração dos diversos setores, e a necessidade de investir em tecnologias de georreferenciamento e análise de dados para monitoramento.

A discussão faz parte do processo de implementação do Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg), que passou por uma revisão e foi anunciado pelo governo brasileiro na Conferência das Nações Unidas de Biodiversidade (COP16). A sistematização e análise de informações, como indicadores de vegetação e valores de referência, vão estabelecer protocolos de monitoramento para o Ibama e ICMBio.

“Essa oficina reflete o compromisso da USAID em avançar na restauração ecológica no Brasil, integrando ciência, políticas públicas e ações para restaurar milhões de hectares de vegetação nativa. Ao reunir especialistas com amplo conhecimento sobre os biomas brasileiros, estamos ajudando a estabelecer uma estrutura sólida para monitorar e avaliar os esforços de restauração, garantindo que sejam eficazes, mensuráveis e sustentáveis. A USAID tem orgulho de trabalhar com essa diversidade de entidades brasileiras para fortalecer as políticas ambientais e a gestão de recursos naturais, promovendo um futuro resiliente para os biomas do Brasil”, avalia Catherine Hamlin, diretora de Meio Ambiente da USAID no Brasil.

Para Ana Luiza Violato Espada, do Serviço Florestal dos Estados Unidos, a articulação entre os diferentes setores é crucial para a restauração. “A oficina foi um resultado dessa colaboração, com o objetivo de desenvolver uma plataforma mais ampla para o monitoramento e a implementação de indicadores de restauração, especialmente em áreas federais e estaduais”, diz.

Metas – O Brasil assumiu o compromisso de restaurar 12 milhões de hectares de vegetação nativa até 2030, fortalecendo ações pela conservação da biodiversidade. O Planaveg reforça esse compromisso, estimando que 1,3 milhão de hectares em Unidades de Conservação Federais, 1,7 milhão de hectares em Terras Indígenas (TIs) e 20,7 milhões de hectares em propriedades rurais sejam passíveis de recuperação.

A USAID vem apoiando projetos nesse sentido, como o programa Agricultura Regenerativa para a Conservação da Amazônia (conheça mais aqui), e outras ações desenvolvidas juntamente com parceiros, incluindo comunidades indígenas (leia mais).

Saiba mais sobre o encerramento da oficina no site da Embrapa.