Sítio Regional do Rio Juruá é reconhecido como sítio Ramsar

No dia 21 de outubro, o Brasil obteve mais duas áreas úmidas designadas como sítios Ramsar. Os novos certificados foram para o Sítio de Taiamã, no pantanal mato-grossense e para o Sítio Regional do Rio Juruá, no Amazonas, região apoiada pelo PCAB. O anúncio foi realizado na abertura da 13ª Reunião das Partes da Convenção de Ramsar.

“Tanto como morador dessa unidade de conservação quanto como gestor, fico muito feliz com a seleção do Juruá para Sítio Ramsar. Com isso, teremos uma divulgação muito maior do trabalho que é feito aqui e também das dificuldades que ainda precisam ser superadas. A designação vai nos permitir outros campos e buscar novas parcerias, que foi como chegamos até aqui. Além disso, a área designada é maior do que as reservas, então muitas comunidades que hoje têm suas áreas sem nenhuma designação terão seus direitos um pouco mais reconhecidos. Através do sítio nós vamos ter trabalhos que fortaleçam, empoderem e organizem comunidades que hoje estão sem apoio”, comemorou Manuel Cunha, gestor da Reserva Extrativista (Resex) Médio Juruá.

 O Sítio Ramsar do Rio Juruá é composto por três unidades de conservação: a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Uacari, as Reservas Extrativistas (Resex) do Baixo Rio Juruá e do Médio Juruá, além de parte da Terra Indígena Deni. A governança do Sítio contará com o apoio do Fórum do Médio Juruá, formado por instituições que atuam na região. O novo Sítio Ramsar Rio Juruá possui mais de 2,1 milhões de hectares com grande riqueza de biodiversidade, como as espécies em extinção como a ave Mutum-fava, peixe-boi e boto.

 

O que é um Sítio Ramsar

Um sítio Ramsar é uma zona úmida reconhecida pelo sua importância ecológica regional e mundial. O sítio passa a se beneficiar de prioridade no acesso à cooperação técnica internacional e apoio financeiro para promover projetos que visem a sua proteção e a utilização sustentável dos seus recursos naturais. Zonas úmidas podem incluir pântanos, charcos, represas, lagos, açudes, entre outros.

 

Com informações do ICMBio