USAID mostra na COP da Biodiversidade como iniciativas vêm ajudando a proteger a Amazônia
Outubro/Novembro, 2024 – A Amazônia esteve no centro das discussões globais sobre biodiversidade durante a Conferência das Nações Unidas, a COP16, realizada em Cali, na Colômbia. E parceiros da USAID aproveitaram a oportunidade para mostrar como iniciativas desenvolvidas no Brasil juntamente com parceiros, incluindo o setor privado, têm contribuído para a conservação da floresta em pé e para manter os serviços ecossistêmicos, promovendo melhoria na qualidade de vida da população local.
O evento “Modelos de Investimento de Impacto e Parcerias para Conservação da Biodiversidade na Amazônia e além”, promovido pela Aliança Bioversity & CIAT e Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), mostrou casos de parcerias estratégicas que estão impulsionando a sustentabilidade na área da floresta mais biodiversa do mundo.
Entre esses casos estão o modelo de investimento adotado pelo Amazon Biodiversity Fund (ABF), um fundo privado cuja proposta é investir em projetos e empresas com impacto social e ambiental na Amazônia Legal, e o Terrabio, uma abordagem de monitoramento, reporte e verificação, que integra tecnologias de ponta na análise de dados geoespaciais com DNA ambiental para avaliar vários modelos de uso da terra e investimento em termos dos seus impactos relativos na biodiversidade. Ambos têm o apoio da USAID.
“Já ficaram para trás os dias em que se tinha um projeto, escrevia um pequeno subsídio, conseguia o dinheiro para desenvolvê-lo e informava os resultados, esperando que no final tudo se somasse para gerar um grande impacto. Precisamos romper com esse modelo e fazer coisas inovadoras. O setor privado precisa estar no centro, mas também deve aprender com os outros atores. Eles precisam de nós tanto quanto precisamos deles. Portanto, juntos, esse é o caminho a seguir, incluindo também as comunidades locais e as pessoas, cuja engenhosidade e experiência são essenciais para que tudo aconteça”, afirmou o diretor da USAID no Brasil, Mark Carrato, ao abrir o painel para dar um panorama geral do trabalho que vem sendo desenvolvido na Amazônia.
Para Carrato, é fundamental garantir que as comunidades façam parte da visão de futuro da Amazônia, garantindo que haja um potencial de mercado unido às vozes desses povos, incluindo indígenas e ribeirinhos, com oportunidades de sucesso.
Conduzido por Bernardo Caldas de Oliveira, líder da equipe de Pesquisa da Aliança Bioversity & CIAT, e Eduardo Rocha, gerente de Engajamento da PPA, o evento também contou com a participação de Wendy Francesconi, cientista sênior de Paisagens Multifuncionais da Aliança, e parceiros do Instituto Arapyaú, Impact Earth, Michelin e WWF.
Rocha apresentou parte do portfólio da PPA reforçando a proposta da plataforma, que catalisa modelos de desenvolvimento sustentável na Amazônia, alavancando investimentos de impacto positivo, compartilhando boas práticas e fomentando parcerias multissetoriais. Trouxe informações sobre projetos desenvolvidos juntamente com parceiros do setor privado e citou a publicação “Mapeando Caminhos para a Amazônia”, que reuniu diferentes iniciativas, explorando diferenciais, tipos de suporte e níveis de investimento direcionados à Amazônia.
Em sua apresentação, Francesconi detalhou o funcionamento do Terrabio, mostrando como tem sido desenvolvida essa abordagem de monitoramento, reporte e verificação, visando gerar evidências sobre os impactos ambientais dos negócios das empresas financiadas pelo ABF. O fundo também foi detalhado aos participantes do painel durante a participação de Nick Oakes, co-fundador do Impact Earth e gerente do ABF.