USAID e CIAT se reúnem com parceiros para discutir metodologia inovadora de monitoramento que combine dados de uso da terra e biodiversidade

Em 17 de setembro, o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT) e a USAID realizaram uma oficina de consulta para iniciar o desenvolvimento de uma ferramenta de monitoramento para avaliar iniciativas de investimento de impacto na Amazônia e outras atividades realizadas em conjunto com o setor privado– e pode ser o primeiro sistema a combinar dados de satélite sobre o uso da terra com informações sobre o monitoramento da biodiversidade.

“A ideia foi reunir um grupo de especialistas nas áreas de imagens geoespaciais e biodiversidade e  pensar em conjunto em ideias inovadoras sobre como fazer essa ligação – como medir o impacto de uma atividade na biodiversidade com o tempo e com o uso de  modelos geoespaciais. A USAID está propondo esta ideia como uma abordagem prioritária para avaliar se atividades sustentáveis do setor privado na Amazônia realmente fazem a diferença,” explicou Anna Tonnes, Coordenadora de meio ambiente da USAID/Brasil.

O evento reuniu pela primeira vez cerca de 20 especialistas no tema, representantes de instituições  como o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), o Serviço Florestal dos Estados Unidos, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), além de representantes do governo brasileiro. Durante o dia, os participantes assistiram a palestras sobre diferentes formas de monitoramento – como o sistema Terra-i, que ajuda a interpretar dados de satélite sobre o uso do solo, e as experiências de monitoramento remoto da biodiversidade feitas pelo Instituto Mamirauá, no estado do Amazonas.

Kátia Ribeiro, analista ambiental do ICMBio, se mostra otimista:  “Eu acho que é um ganho muito grande a gente realmente dispor de um monitoramento de impacto efetivo das ações sobre a biodiversidade. Já temos uma rede de iniciativas bastante extensa, que desenvolveu soluções que conversam entre si e que podem ajudar a gerar resultados em escala de paisagem”.

As contribuições recebidas durante a oficina serão analisadas para desenvolver uma estrutura conceitual da ferramenta. A continuidade da participação de atores-chave no desenvolvimento dessa estrutura conceitual é de importância, pela larga experiência e conhecimento das instituições brasileiras que trabalham na Amazônia. Portanto, os participantes continuarão a colaborar e construir conjuntamente uma metodologia de monitoramento da biodiversidade que possa servir tanto para os objetivos do CIAT e da USAID, bem como para outras instituições especializadas no monitoramento da biodiversidade e para todos os setores da sociedade empenhados nessa difícil tarefa.