Reforçando alianças entre organizações indígenas no Maranhão

Novo projeto terá tripé em restauração, recuperação e proteção das florestas

Abril, 2024 – O projeto "Aliança dos Povos Indígenas pelas Florestas da Amazônia Oriental", lançado oficialmente no dia 24 de abril em Brasília, realizou encontro de planejamento envolvendo as organizações parceiras no Maranhão.

Com duração de cinco anos, a iniciativa apoiada pela USAID representa o aprofundamento de sua versão anterior, iniciada em 2019, e realizada pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI), juntamente com o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), em parceria com as organizações indígenas Associação Wyty-Catë das Comunidades Timbira do Maranhão e Tocantins, Coordenação das Organizações e Articulações dos Povos Indígenas do Maranhão  (COAPIMA) e Articulação das Mulheres Indígenas do Maranhão (AMIMA).

O projeto tem agora como tripé principal a restauração, a recuperação e a proteção das florestas. Para isso, fará formação de agentes ambientais e comunicadores indígenas. Também vai elaborar e implementar os Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTAs); fomentar micro e pequenos projetos comunitários com o apoio a ações relacionadas à conservação, reprodução sociocultural e geração de renda.

O foco da proposta é avançar na participação das mulheres indígenas com suas próprias perspectivas para a conservação socioambiental, seja nos cursos, reuniões, expedições ou encontros realizados por elas e para elas, além de fortalecer a capacitação técnica e política das lideranças e das organizações indígenas parceiras. 

As ações do projeto são voltadas para atender demandas dos povos Timbira (Apanjekrá Canela, Apinajé, Pycopcatijij Gavião,  Krahô, Krikati, Memortumré Canela, Krenje e Krepymcateje) e Tupi (Awa,Tenetehara e Ka´apor), e incidirão diretamente em 14 Terras Indígenas. 

“A continuidade e ampliação das ações do projeto reforçam a parceria entre os povos Timbira e Tupi, e reiteram o compromisso com a conservação da biodiversidade de seus territórios, para o benefício desses povos, diretamente, e para todo o planeta, indiretamente”, destaca Pollyana Mendonça, responsável pelo monitoramento do projeto.

Durante a imersão foi realizada uma ampla análise de conjuntura, o alinhamento geral das expectativas e o codesenho das estratégias para a gestão ambiental e territorial integrada dos territórios envolvidos. Foram pactuadas as principais ações para este ano, além das atividades de avaliação, planejamento e monitoramento. Ao todo são mais de 2 milhões de hectares de Terras Indígenas.

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