Projeto Ingá apoia o protagonismo feminino em comunidades do município de Juruti

Série de vídeos apresenta histórias e ações desenvolvidas por moradoras visando ampliar participação em decisões coletivas

Março, 2022 - Para marcar o mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, o projeto Ingá divulgou uma série de vídeos que trazem histórias e ações desenvolvidas por moradoras de comunidades do município de Juruti, localizado em uma área da floresta amazônica no estado do Pará.

Um dos vídeos (assista aqui) traz relatos de mulheres que participaram da oficina de gênero, em que houve troca de experiências e conhecimentos buscando fortalecer a participação delas nas decisões de suas comunidades. “Aprendi que nós temos vez e voz. E também que temos de trabalhar juntas”, disse a agricultora Rosinete Prata. “O que não sabíamos, aprendemos a praticar”, completou a agricultora Raimunda Marques.

Para a analista socioambiental do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) Rafaela da Cunha Pinto, a oficina foi uma oportunidade de captar os impactos do projeto. “Esses papéis sociais que elas aprendem ao longo da vida podem influenciar na participação delas na esfera pública, nas organizações, nas associações.”

A presidente do Instituto Juruti Sustentável (IJUS), Maria Melo,  lembrou que uma das reflexões realizadas durante a oficina foi sobre o trabalho desempenhado pelas mulheres e sua contribuição. “Foi muito interessante a oficina porque conseguimos chegar até elas.”

                                                                            

                       

O projeto Ingá - Indicadores de Sustentabilidade e Gestão na Amazônia é coordenado pelo IJUS, com investimentos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID/Brasil), da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), da Alcoa e do Instituto Alcoa. Conta com parcerias do IEB, do Instituto Vitória Régia (IVR) e Alliance Bioversity International/CIAT. 

Desde o final de agosto de 2021, o projeto vem apoiando a formação de capital humano visando autonomia da gestão e liderança do território, além da proteção e conservação de florestas nativas com restauração de áreas degradadas. 

A iniciativa tem ainda o objetivo de fortalecer o empreendedorismo local e estruturar o observatório de indicadores de desenvolvimento sustentável, com foco na Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Dentro da proposta de apoiar o protagonismo feminino em Juruti, um outro vídeo conta o que o projeto Ingá representa na vida das mulheres da região. O município, que abrange um território de 830.500 hectares, tem cerca de 59 mil habitantes, dos quais 60% estão na zona rural, espalhados em mais de 200 comunidades.

O projeto Ingá tem como prioridade três importantes regiões do município – o Projeto de Assentamento Agroextrativista (PEAEX) do Curumucuri, onde há parceria com a Associação das Comunidades da Gleba Curumucuri (ACOGLEC) e com a Cooperativa Mista do Curumucuri; o PEAEX Prudente e Monte Sinai, em parceria com a Associação das Comunidades Prudente e Monte Sinai (ACOPRUMS); e a Área de Proteção Ambiental (APA) do Jará, onde o trabalho será realizado juntamente com o conselho da Unidade de Conservação. 

Estudos - Uma outra ação dentro do projeto relatada em vídeo divulgado no mês de março foi o trabalho do Diagnóstico Participativo Rural (DPR), que visa levantar o perfil dos comunitários e das famílias que têm cultivos e roçados agrícolas na gleba Curumucuri. Vai traçar ainda um diagnóstico da estrutura local, como saneamento básico, condições de moradia e outros dados. 

“Com o trabalho  podemos conhecer os anseios dos comunitários, o que eles pensam e sonham, como desenvolvem seu território”, relata Sara Melo da Silva, uma das aplicadoras dos DPR. 

Mais informações no site da PPA.