Monitores são capacitados para uso de armadilhas fotográficas
Acadêmicos costumavam resistir à inclusão de comunidades no processo de monitoramento da biodiversidade, receosos de que a falta de rigor e conhecimento pudesse comprometer o resultado. Mas iniciativas como o Projeto de Monitoramento Participativo da Biodiversidade, que capacita e ensina técnicas modernas a comunidades locais estão transformando essa realidade.
Organizado pelo IPÊ em conjunto com o ICMBio, um treinamento para 18 participantes de diferentes formações, incluindo membros de comunidades locais, ensinou técnicas de segurança e de armadilhas fotográficas, além de discutir as particularidades da Floresta Nacional do Jamari, em Rondônia. A capacitação ocorreu de 6 a 10 de agosto e monitores locais aprenderam a coletar dados usando protocolos criados para facilitar a compreensão dos impactos causados por manejo florestal (extração sustentável de madeira) sobre mamíferos de grande e médio portes e também sobre a população de aves cinegéticas (boas para caça).
Segundo a aluna Stéfany Ancker, do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), o curso permitiu aprofundar seus conhecimentos sobre GPS e armadilhas fotográficas. “Foi um privilégio participar do curso e poder contribuir de alguma forma com monitoramento da biodiversidade. A didática foi excelente porque, o tempo todo houve interatividade de ambas as partes, e o mais importante, fizemos grandes amizades e trabalhamos em equipe”.