Mel de abelhas sem ferrão já pode ser comercializado

Em fevereiro, o Instituto Peabiru recebeu o primeiro lote de mel produzido por abelhas sem ferrão (processo conhecido por meliponicultura), fruto da única cadeia certificada com selo de inspeção federal (SIF) e autorização de manejo pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (IBAMA). Isso só foi possível graças ao trabalho de consolidação da cadeia de valor desenvolvido pelo Peabiru desde 2006. A iniciativa faz parte do Programa de Aceleração da Plataforma de Parceiros da Amazônia (PPA) e recebeu investimento durante o Primeiro Fórum de Investimento de Impacto na Amazônia (FIINSA) realizado em Novembro de 2018

Há mais de 12 anos, o Instituto Peabiru pesquisa o manejo de abelhas sem ferrão junto a agricultores familiares na Amazônia. As abelhas sem ferrão são um conjunto de espécies de abelhas originárias do Brasil ainda pouco estudadas. Além da produção de mel, o principal trabalho das abelhas melíponas é polinizar, isto é, garantir que haja a reprodução entre as espécies vegetais, que permite que estas frutifiquem e gerem sementes. A floresta e os ambientes naturais dependem destas abelhas para sua sobrevivência e muitas espécies comerciais, como açaí, cacau, cupuaçú e castanha do Brasil também dependem delas como polinizadores. 

A meliponicultura pela agricultura familiar pode gerar renda complementar, especialmente a indígenas, quilombolas, ribeirinhos e outros povos e comunidades tradicionais. Para João Meirelles Filho, diretor do Instituto Peabiru, “temos todo o conhecimento para que cada agricultor familiar da Amazônia possua, além de pequenos animais, como galinhas, também colmeias de abelhas sem ferrão. O ideal seria atender às mais de um milhão de famílias presentes na Amazônia brasileira”.

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