Mapaton coletivo ajuda a validar aspecto do sensoriamento remoto do TerraBio
O TerraBio é uma metodologia pioneira para o monitoramento e avaliação dos impactos das atividades comerciais terrestres sobre os ecossistemas e a biodiversidade. A aplicação do Terrabio contribui na promoção de responsabilidade ambiental pelas empresas que dependem do fornecimento de produtos agrícolas ou extrativos da bacia amazônica e/ou que investem em modelos de negócios sustentáveis como iniciativas de desenvolvimento lucrativas e voltadas para a conservação.
É uma ferramenta que combina abordagens de sensoriamento remoto de última geração com tecnologias inovadoras de monitoramento da biodiversidade. Para melhorar e testar a precisão das capacidades de mapeamento do TerraBio, uma maratona inspirada pelos Hackathons foi organizada.
Realizado em duas rodadas compostas de diversos encontros virtuais semanais, o Mapathon aconteceu entre 27 de agosto e 20 de setembro de 2021. Usando o Collect Earth Online (acesse aqui) como plataforma de trabalho para calibração e validação de modelos. A equipe do Mapaton desenvolveu uma interpretação comum para a identificação e classificação de pontos de cobertura e uso de terras.
A equipe multidisciplinar do Mapaton foi composta de sete pessoas: Jhon Tello, Silvia Castaño e Ovidio Rivera, do SERVIR Amazônia (apoiado pelo programa regional da USAID na América do Sul); Beatriz Rodriguez, da Alliance Bioversity/CIAT; Nathanael Campos do Imaflora, e Andrea Nicolau e Iara Jaques do SIG.
O Mapathon se organizou em uma curta sessão de treinamento e em duas rodadas de validação de mais de 1300 pontos e amostras de solo analisados. Durante a primeira rodada, os pontos foram inspecionados visualmente e classificados com base na vegetação detectada em imagens de alta resolução da Bacia do rio Xingu no Pará. Durante a segunda rodada, gráficos de série temporal e imagens foram avaliados para determinar o estágio do desenvolvimento da vegetação (ou seja, se degradado, regenerado, preservado) ao longo do intervalo de tempo de interesse.
Para isso, o Mapaton fez uso de vários índices de vegetação para auxiliar no processo de interpretação. Imagens de satélite de várias fontes e períodos também foram revisadas individualmente para cada ponto.
Verificou-se que a customização do algoritmo do TerraBio foi bem sucedida e que eventos como Mapaton permitem que a metodologia mapeie com precisão sistemas distintos de uso e cobertura de solo e de terra, e também localize os pontos de maior dificuldade de se identificar as condições de cobertura de vegetação na bacia do Xingu.