Iniciativas de monitoramento participativo do pirarucu engatam no estado do Amazonas

Do final de agosto a setembro, o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) realizaram treinamentos e reuniões sobre o monitoramento participativos do pirarucu nas Resex do Rio Unini, PARNA Jaú, RDS Amanã e Resex do Baixo Juruá.

Entre 15 e 23 de agosto e 01 a 15 de setembro, as Resex do Baixo Resex do Rio Unini começaram a preencher os formulários do manejo do pirarucu. A iniciativa é resultado de um intenso trabalho realizado ao longo de 2018 para a construção do protocolo de monitoramento do pirarucu (Arapaima gigas) em unidades de conservação. Os formulários foram apresentados aos representantes de comunidades locais, técnicos de pesca, representantes da Associações das Unidades.

Na primeira semana de setembro, oito comunitários das RESEX do rio Unini, PARNA Jaú e RDS Amanã foram capacitados para o protocolo de monitoramento do peixe. Já na última semana do mês foi à vez da RESEX do Baixo Juruá receber a capacitação para 13 de seus comunitários, que também contou com o acompanhamento das atividades do protocolo de monitoramento do pirarucu.

O objetivo principal dos cursos e acompanhamentos é padronizar as informações coletadas em todas as áreas que realizam Manejo da espécie na Amazônia. Para a gestora da RESEX do rio Unini, Ângela Midori “O monitoramento é uma parte fundamental do trabalho de manejo, pois é através dele que sabemos se o nosso manejo é ecologicamente sustentável e socialmente justo”.

O protocolo de monitoramento do pirarucu foi criado a partir da discussão entre gestores, manejadores, pesquisadores, associações, colaboradores técnicos entre outros. Ele engloba coleta de informações bioecológicas e socioeconômicas necessárias para compor análises importantes que vão apoiar os grupos de manejadores.

As atividades são realizadas com o ICMBio, por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônica (CEPAM), que faz parte do Programa MONITORA, Subprograma Aquático Continental. Também faz projeto de “Monitoramento Participativo da Biodiversidade em Unidades de Conservação da Amazônia”, que tem apoio da PCAB.