Conexão com o meio ambiente e herança cultural em conferência de interpretação no Rio de Janeiro
Entre 20 e 24 de maio, 128 delegados de oito países participaram da Conferência Anual de Interpretação da Associação Nacional para Interpretação (NAI na sigla em inglês) dos EUA. O Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), a USAID, e a Universidade do Estado de Colorado apoiaram o evento. A conferência reúne organizações que trabalham em áreas protegidas, zoológicos, jardins botânicos, museus, agências de viagem e hotéis junto com indivíduos da comunidade local, guias, voluntários, professores, e administradores de áreas protegidas.
Da parte do USFS, Toby Bloom (Gerente de Programa para Turismo e Serviços Interpretativos), e Bonnie Lippitt (Gerente de Programa para Turismo Regional, Interpretação, e Serviços ao Visitante) trouxeram as experiências dos Estados Unidos para a conferência. Eles apresentaram como o Serviço Florestal conecta o trabalho que a agência faz localmente com questões e esforços similares pelo mundo. Toby fez o principal discurso sobre interpretação, enquanto Bonnie apresentou a expertise de sítios demonstrativos para implementação e treinamentos.
O Serviço Florestal Americano e o governo brasileiro trabalham juntos há sete anos em treinamentos sobre recreação e interpretação nas florestas e parques nacionais. O USFS tem apoiado o Serviço Florestal Brasileiro com expertise técnica e a desenvolver guias para o desenvolvimento de planos e produtos interpretativos. Como resultado de projetos da PCAB, foram realizados 13 cursos para guias em áreas protegidas federais, além de um curso para parceiros do setor privado no Pão de Açúcar no Rio de Janeiro. No total, esses cursos permitiram o treinamento de 205 guias em 8 estados brasileiros.
Os treinamentos incluíram as áreas protegidas: Floresta Nacional do Tapajós, Parque Nacional das Cavernas do Peruaçu, Parque Nacional de Anavilhanas, Parque Marinho de Abrolhos, Parque Nacional de Itatiaia, Parque Nacional da Amazônia, Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais, Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, Parque Nacional da Lagoa do Peixe, e o Monumento Natural do Pão de Açúcar. A interpretação é uma ferramenta poderosa para provocar conexões entre as pessoas e sua herança ambiental, histórica e cultural. Por meio da interpretação, nós preservamos nossas histórias, protegemos nossos recursos, enriquecendo nossas vidas e a conexão com os outros.
Sobre a conferência, Bonnie disse: “Nossas contrapartes brasileiras estavam orgulhosas de co-apresentar essa conferência, tanto para apresentar o trabalho que tem feito nos últimos sete anos, como receber reconhecimento dos profissionais de outros países por ambos. Foi uma validação do esforço conjunto para construir as capacidades de uso público e interpretação para as áreas protegidas no Brasil”. Toby também adicionou: “Foi uma oportunidade maravilhosa não só para aprender sobre interpretação e áreas protegidas no Brasil, mas também para ter um papel ativo no fortalecimento da rede de contatos e do trabalho realizado . Foi possível ver as conexões sendo feitas e redes sendo desenvolvidas entre governo, ONGs, e entidades do setor privado, com comprometimento para trabalhar juntos daqui para a frente”.