Artesanato e turismo comunitário: base para o crescimento econômico de comunidades no Tapajós
Outubro/Novembro, 2024 – Localizada às margens dos rios Tapajós e Arapiuns, no Estado do Pará, a comunidade Urucureá é conhecida por seu artesanato feito com fibras nativas do tucumã, uma palmeira comum na Amazônia que também tem seu fruto usado na alimentação. O artesanato tradicional não só preserva a cultura local, mas apoia o crescimento econômico dos moradores. A USAID, por meio do projeto Tapajós para a Vida, está contribuindo para fortalecer essa e outras atividades na região.
E para conhecer a comunidade e o trabalho que os moradores desenvolvem, a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e o diretor da USAID, Mark Carrato, visitaram a região em outubro. A embaixadora destacou o compromisso da Agência em apoiar as tradições da comunidade, contribuindo para preservar a cultura e melhorar os meios de subsistência locais.
Ambos estiveram pela primeira vez no EcoCentro da Sociobiodiversidade, um centro regional de processamento, armazenamento e venda de produtos sociobioeconômicos instalado em Santarém. Além de conhecer as instalações de extração de óleos e manteigas vegetais, o grupo pode saber mais sobre os desafios relacionados à logística, comercialização e venda dos produtos locais.
A equipe da USAID também foi recebida na Floresta Nacional (Flona) do Tapajós, uma área de conservação de 530 mil hectares localizada no oeste do Pará. Na comunidade Jamaraquá, que está dentro da Flona, o grupo percorreu uma trilha de 9 km com guias locais, entre eles a jovem Inglati e o experiente Dido, que, com seu conhecimento tradicional, ensinou como usar o tronco da sumaúma para produzir sons que servem de comunicação dentro da floresta.
“Entrar na floresta é maravilhoso, mas não é possível fazer isso sozinho. Você precisa do apoio de guias locais”, testemunhou Carrato.
A comunidade Jamaraquá oferece aos visitantes a trilha imersiva e já recebeu apoio da USAID no passado por meio de um projeto implementado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos. Agora o projeto Tapajós para a Vida, implementado pelo WWF, está apoiando esse bem-sucedido modelo de turismo comunitário para outras comunidades da região.
“A USAID está orgulhosa em apoiar projetos como esses da comunidade Jamaraquá. Temos apoiado este local de alguma maneira desde 1999 e você pode ver a mudança – como as pessoas estão usando o ecoturismo como base para o desenvolvimento sustentável e com isso conservando a floresta e aumentando a biodiversidade”, completou Carrato.
Saiba mais sobre o projeto – O Tapajós para a Vida tem como objetivo central fortalecer territórios e áreas protegidas na Bacia do Rio Tapajós, focando em três áreas principais: sociobiodiversidade, turismo de natureza e comunitário, e gestão e monitoramento territorial. O projeto promove o desenvolvimento sustentável da região, fortalecendo economias locais, protegendo a biodiversidade e garantindo a gestão eficaz dos territórios e áreas protegidas.
Com apoio da USAID, é realizado por um consórcio liderado pelo WWF-Brasil e composto pela Operação Amazônia Nativa, Projeto Saúde e Alegria (PSA), Conexsus e Sapopema.