Programa territorial ajuda a proteger 1 milhão de hectares na Amazônia

Relatório mostra os resultados do primeiro ano da fase II do PTMJ

Outubro / Novembro, 2022 - Cuidar da floresta, manejar os recursos naturais, beneficiar os produtos da sociobiodiversidade e articular parcerias estão entre as chaves para o sucesso do Programa Território Médio Juruá (PTMJ). No ano 1 da fase II do programa, houve a proteção de 1 milhão de hectares de floresta e 3 mil pessoas beneficiadas com melhorias socioeconômicas.

Esses são alguns dos resultados obtidos com atividades desenvolvidas entre julho de 2021 e junho de 2022 e estão reunidos em relatório divulgado online (acesse aqui).

Por meio dessas estratégias houve, por exemplo, o fortalecimento da cadeia produtiva do pirarucu, com um total de 140.732 quilos de peixes comercializados entre as comunidades tradicionais da região e a Associação dos Produtores Rurais de Carauari (ASPROC), nos ambientes de manejo do Médio Juruá. 

Além disso, começou a funcionar o entreposto, com capacidade de processar, em média, 5 toneladas de pescado por dia, gerando emprego para moradores de comunidades da região (leia mais aqui).

No total, 209 famílias em 17 comunidades do Médio Juruá foram beneficiadas pelo projeto no período e obtiveram recursos para transformar suas realidades.

Na ação de apoio para a conservação de quelônios no Rio Juruá foram soltos na natureza 233 mil tartarugas e 41 mil tracajás durante a “Gincana Ecológica”, atividade que contou com a presença de 500 pessoas das comunidades locais. Além do impacto social positivo, o meio ambiente é diretamente beneficiado por essas atividades, impulsionando a conservação da biodiversidade.

Outras iniciativas do programa envolveram as cadeias produtivas dos óleos vegetais de andiroba e murumuru, além de projetos que incentivam o empreendedorismo feminino e a vigilância territorial, ajudando a conservar a Amazônia.

O PTMJ conta com a USAID/Brasil, a Natura e a Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) como parceiros estratégicos. A Aliança Bioversity/CIAT participa como parceira institucional e a Sitawi como coordenadora do Programa. Além disso, seis organizações comunitárias locais são implementadoras das ações (ASPROC, ASMAMJ, AMECSARA, AMARU, CODAEMJ e ASPODEX). O programa tem ainda apoio do ICMBio, Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SEMA) e OPAN.

A região do Médio Juruá tem um histórico de forte organização social em torno do uso sustentável dos recursos que a floresta oferece. Conta com duas Unidades de Conservação - a Reserva Extrativista (Resex) Médio Juruá e a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Uacari - e parte da Terra Indígena Deni do Rio Xeruã, cobrindo uma grande área da zona rural do município de Carauari (AM). Nos últimos meses, a região vem sendo alvo da pressão de garimpeiros, denunciada por entidades locais.  

Conheça mais sobre o projeto aqui.